Audiência Geral de
27 fevereiro 2013
“Queridos irmãos e irmãs,
No dia dezanove de Abril
de dois mil e cinco, quando abracei o ministério petrino, disse ao Senhor: «É
um peso grande que colocais aos meus ombros! Mas, se mo pedis, confiado na
vossa palavra, lançarei as redes, seguro de que me guiareis». E, nestes quase
oito anos, sempre senti que, na barca, está o Senhor; e sempre soube que a
barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas do Senhor. Entretanto não é só a
Deus que quero agradecer neste momento. Um Papa não está sozinho na condução da
barca de Pedro, embora lhe caiba a primeira responsabilidade; e o Senhor
colocou ao meu lado muitas pessoas que me ajudaram e sustentaram. Porém,
sentindo que as minhas forças tinham diminuído, pedi a Deus com insistência que
me iluminasse com a sua luz para tomar a decisão mais justa, não para o meu
bem, mas para o bem da Igreja. Dei este passo com plena consciência da sua
gravidade e inovação, mas com uma profunda serenidade de espírito.
Amados peregrinos de
língua portuguesa, agradeço-vos o respeito e a compreensão com que acolhestes a
minha decisão. Continuarei a acompanhar o caminho da Igreja, na oração e na
reflexão, com a mesma dedicação ao Senhor e à sua Esposa que vivi até agora e
quero viver sempre. Peço que vos recordeis de mim diante de Deus e sobretudo
que rezeis pelos Cardeais chamados a escolher o novo Sucessor do Apóstolo
Pedro. Confio-vos ao Senhor, e a todos concedo a Bênção Apostólica”.